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A vacina contra o papilomavírus humano (HPV) é uma medida fundamental na prevenção de infeções causadas por este vírus, que está associado a diversos tipos de cancros, principalmente o cancro do colo do útero. Em Portugal, esta vacina faz parte do Plano Nacional de Vacinação (PNV) e está disponível gratuitamente para determinados grupos etários.


Vacina do Papiloma Humano (HPV) em Portugal

1. Importância da Vacina

O HPV é um vírus comum que pode ser transmitido através do contacto sexual. A maioria das infeções por HPV é assintomática e desaparece por si só, mas alguns tipos de HPV podem causar lesões que evoluem para cancros, como o cancro do colo do útero, da vulva, da vagina, do ânus e, em casos mais raros, do pénis e orofaringe.

A vacina contra o HPV protege contra os tipos de HPV de alto risco que estão mais frequentemente ligados ao desenvolvimento de cancro. A vacinação é altamente eficaz na prevenção de infeções persistentes e lesões pré-cancerosas.

2. Esquema de Toma e Idades

Em Portugal, o esquema de vacinação varia de acordo com a idade:

  • Idade de vacinação recomendada: A vacina é administrada, gratuitamente, a meninas e meninos aos 10 anos de idade, como parte do PNV.
  • Meninas: Desde 2008, a vacinação de meninas aos 10 anos faz parte do PNV.
  • Meninos: Desde 2020, os meninos também passaram a ser incluídos no programa de vacinação aos 10 anos.
  • Esquema de vacinação:
  • Entre os 9 e os 14 anos: Duas doses, com um intervalo de 6 meses entre elas.
  • A partir dos 15 anos ou para quem tem o sistema imunitário comprometido: Três doses (0, 2 e 6 meses).

A vacina pode ser administrada a jovens e adultos fora do PNV, mediante prescrição médica.

3. Quem Pode ou Não Tomar

  • Quem pode tomar:
  • Crianças e adolescentes a partir dos 9 anos (meninas e meninos).
  • Jovens e adultos (mesmo que já tenham tido contacto com o vírus, a vacina pode proteger contra outros tipos de HPV).
  • Quem não deve tomar:
  • Grávidas: A vacina não é recomendada durante a gravidez, mas pode ser retomada após o parto.
  • Pessoas com alergia grave a algum componente da vacina (casos raros).

A vacina não trata infeções existentes, mas previne infeções futuras por outros tipos de HPV.

4. Riscos e Efeitos Secundários

A vacina contra o HPV é considerada segura e eficaz. Como qualquer vacina, pode ter efeitos secundários, mas estes são geralmente leves e temporários:

  • Efeitos secundários mais comuns:
  • Dor, vermelhidão ou inchaço no local da injeção.
  • Dores de cabeça.
  • Febre ligeira.
  • Efeitos secundários raros:
  • Reações alérgicas graves (anafilaxia), que são extremamente raras, mas devem ser tratadas imediatamente.

5. Contraindicações

A vacina contra o HPV é contraindicada em:

  • Pessoas com história de reações alérgicas graves a uma dose anterior ou a algum componente da vacina.
  • Gravidez: Se uma mulher engravidar após iniciar o esquema de vacinação, deve adiar a segunda ou terceira dose até depois do parto.

6. Importância da Vacinação em Idade Jovem

A vacinação precoce é essencial porque a vacina é mais eficaz antes do início da atividade sexual, altura em que o contacto com o vírus ainda não ocorreu. No entanto, pode ser administrada em qualquer idade, especialmente até aos 26 anos, para garantir a proteção contra os tipos de HPV de maior risco.

Conclusão

A vacinação contra o HPV é uma ferramenta essencial para reduzir a incidência de cancros associados ao papilomavírus humano, principalmente o cancro do colo do útero. Em Portugal, a vacina está disponível gratuitamente no PNV para crianças aos 10 anos, mas pode ser administrada a jovens e adultos fora desta faixa etária mediante prescrição médica. A vacina é segura, com efeitos secundários mínimos, e ajuda a proteger a saúde a longo prazo.